Muricy defende Neymar: "Não acho mimado. Cara profissional para caramba"

Treinador do atacante no Santos concorda com Casagrande em relação ao excesso de amarelos. Mas destaca atenção do jogador à parte física: "Cara diferente no que diz respeito a profissionalismo"



Neymar sai cabisbaixo de Real Madrid x Paris Saint-Germain (Foto: REUTERS/Sergio Perez)






Após o comentarista Casagrande analisar o comportamento de Neymar, considerando que o atacante é "mimado" e que precisa adotar uma postura mais coletiva em campo, o camisa 10 da Seleção e do Paris Saint-Germain também foi tema de debate no "Troca de Passes". Convidado do programa do SporTV, Muricy Ramalho, que treinou Neymar no Santos, manifestou uma opinião diferente, considerando o jogador como muito "profissional".

 A única coisa que eu concordo com o Casão é em relação ao cartão (amarelo). Ele realmente está tomando cartões seguidos, e em uma Copa do Mundo é perigoso. A gente não pode ficar sem o Neymar, porque ele é o diferente do time. Concordo com o Casa que tem que ter um time coletivo, mas sempre quem decide é o cara que faz a diferença, que é ele (Neymar), Messi, (Cristiano) Ronaldo. Agora, nós estamos dando muita importância a essas coisas, eu não acho ele mimado, acho um cara profissional para caramba, é um cara diferente no que diz respeito a profissionalismo, ou seja, temos que dar muita atenção mais a isso. Hoje, ele é o melhor teste físico de qualquer time que ele vai - afirmou o ex-treinador.

Muricy afirmou que o atacante tem uma equipe particular para garantir a sua boa forma física, que o prepara "para ser o melhor jogador do mundo". Patamar que o ex-treinador acredita que Neymar irá conseguir alcançar.


- Às vezes, as pessoas confundem. Ele não faz isso (treinamento físico especial) no PSG, ele faz na casa dele, por conta del. Porque na Europa a pré-temporada é muito forte, mas depois durante a temporada se treina pouco. No Barcelona, por exemplo, se treinava pouco, e ele tinha uma academia na casa dele, como tem agora, também, em Paris, e tem a comissão técnica dele. Tem preparador físico, Ricardo Rosa, tem fisioterapeuta, Tem uma equipe que está preparando ele para ser o melhor do mundo. E vai ser o melhor do mundo. Ele leva muito a sério isso. É que as pessoas dão muita importância a outras coisas, que é normal - disse.


Muricy afirmou que o jogador sempre teve um comportamento correto no período em que conviveram no Santos.


- Eu também fui garoto. Tem direito (a comemorar aniversário, a namorar). Ele nunca chegou atrasado. Não fica fora de treinamento de jeito nenhum, nem de pós-jogo. Nunca pediu (folga). Não tem essa. Sempre igual aos outros. Temos que ver também o lado positivo do cara. Uma coisa que ele tem que tomar cuidado é a questão dos cartões. Está exagerado. Mas as outras coisas estamos exagerando um pouquinho - afirmou.

- Para mim, o que interessa é ele estar no treinamento e na hora do jogo ele jogar o que ele está jogando. Está dando assistência, está correndo muito, está marcando, Fez isso no Barcelona e está fazendo agora também. A gente está muito preocupado com o Neymar com as outras coisas - acrescentou Muricy.

Campeão da Libertadores com o jogador no Santos em 2011, Muricy Ramalho afirmou que o atacante errou ao esticar a mão para levantar um adversário (Traoré, do Rennes) e depois retirá-la. E que precisa ter alguém a seu lado "para falar não" em determinados momentos.


- Acho que ele fez por brincadeira mesmo, porque ele não tem essa maldade. Mas o Neymar precisa ser cobrado. E ele gosta de ser cobrado. Os grandes jogadores gostam que alguém fale não para eles. Acho que tem que ter alguém perto dele para falar mais não para ele. Isso é importante.


Um dos apresentadores do "Troca de Passes", Roger Flores elogiou a coerência dos comentários de Casagrande, mas considerou que há um certo exagero da mídia em relação às críticas a Neymar


 O Neymar joga muito, não fez um grande jogo contra o Real Madrid. Precisa aparar algumas arestas. Principalmente essa dos cartões amarelos. É um jogador importante para a Copa do Mundo, que é de tiro curto. Mas acho também que a gente exagera um pouco. O Neymar também ter que saber administrar isso. Pelo tamanho que ele criou. Ele chegou a um tamanho em que todo mundo vai falar dele.

No embalo de Vinícius Jr, Jean Lucas renova com multa superior a R$ 100 milhões



Volante de 19 anos assina contrato até 2021 e valor para negociação gira em torno dos 30 milhões de euros, assim como Lincoln. Montante é o mesmo do acordo inicial de Vinicius Junior



Quatro jogos ou 284 minutos. Esse foi o tempo necessário para Jean Lucas ser alçado ao patamar das principais promessas do Flamengo nos últimos anos. De estilo elegante em campo e marcado pela camisa para dentro do calção, o volante teve o contrato renovado por quatro anos com o Rubro-Negro. O valor da multa rescisória ultrapassa a casa do R$ 120 milhões (30 milhões de euros).



Jean Lucas é a nova joia com multa estratosférica da base rubro-negra (Foto: Reprodução)



O valor é o mesmo do contrato de Lincoln, que tem despertado a cobiça de gigantes europeus, e do vínculo de Vinícius Junior antes da venda para o Real Madrid. O Flamengo negocia para ampliar o acordo e a multa do centroavante. Já Jean Lucas tem 19 anos e permanece na Gávea até o fim de 2021


O valor é o mesmo do contrato de Lincoln, que tem despertado a cobiça de gigantes europeus, e do vínculo de Vinícius Junior antes da venda para o Real Madrid. O Flamengo negocia para ampliar o acordo e a multa do centroavante. Já Jean Lucas tem 19 anos e permanece na Gávea até o fim de 2021


Toque de Carpegiani, pitada de Rueda e esforço de férias moldam Fla na Taça GB



Ex-treinador indicou Marlos Moreno e aprovou nome de Dourado em reuniões de planejamento. Atual técnico ensaia novo esquema desde a pré-temporada para privilegiar meias criativos




Foi numa terça-feira, dia 9 de janeiro, que Paulo César Carpegiani chegou para ser anunciado e apresentado como novo técnico do Flamengo. Apesar de toda a história que o respaldava dentro do clube, a coletiva de imprensa deixou uma pulga atrás da orelha de muita gente. O próprio treinador dizia que poderia deixar a função caso o clube encontrasse outro técnico, com o gaúcho de Erechim, de 69 anos, voltando para a função que exerceria anteriormente - a de coordenador técnico.


Menos de dois meses depois - com sete jogos, seis vitórias, um empate, oito gols marcados e apenas um sofrido - o retrospecto e o dia a dia no Ninho credenciam seu Flamengo como favorito na final da Taça Guanabara. Um time que foi montado com participação e ideias de Reinaldo Rueda, contratações imaginadas pela diretoria e um toque de experiência e trabalho de Carpegiani.



Carpegiani agrada com trabalho didático e muita conversa ao pé do ouvido  (Foto: André Durão/GloboEsporte.com)



O molho colombiano



As duas principais contratações da temporada estavam definidas antes de Carpegiani virar técnico. A busca no mercado passou pelo pedido de Reinaldo Rueda no fim do ano passado: a palavra de ordem era rejuvenescer setores do elenco. A diretoria buscou Pablo, zagueiro de 26 anos, campeão brasileiro pelo Corinthians. O Bordeaux não aceitou a proposta do Rubro-Negro. Os dirigentes da Gávea dizem ter chegado ao limite de oferta para trazer o zagueiro.



Marlos Moreno foi indicação de Rueda. Mesmo com a saída do treinador, o atacante colombiano foi contratado. Henrique Dourado tinha características de jogador que interessava a Rueda, que vivia pedindo "homem-gol" em entrevistas. Na lista, que tinha Fred e Vagner Love, Dourado já tinha sido aprovado pelo técnico colombiano no fim do ano passado, nas reuniões de planejamento


A imersão no Fla


Logo que voltou ao Flamengo, Carpegiani lembrou passagem da montagem do time campeão do mundo em 1981. Contou que Adílio mal treinava com o grupo principal e que o puxou para formar o meio de campo daquele time histórico e vitorioso da Gávea. Nos poucos dias que teve para conhecer a garotada que iniciou o Estadual, Carpegiani fez praticamente imersão no Flamengo. Conversava a todo momento com Jayme de Almeida, que conhecia todos os garotos - da reapresentação do dia 4 -, e com Mozer, em reuniões diárias de avaliação de trabalho e de montagem de treinos.


O esquema


Antes de entrar com apenas um volante fixo (Cuéllar contra o Nova Iguaçu), Carpegiani já fazia testes deste tipo na pré-temporada estendida que teve com o grupo que se apresentou dia 13. Sua ideia era simples: povoar o meio de campo, sim, mas com o máximo de talento que puder contar. Queria encaixar no mesmo time Everton, Éverton Ribeiro, Diego e Lucas Paquetá. Sem perder a competitividade. Assim, com muito trabalho tático, exigiu concentração máxima e repetições. Com muita cobrança



O atual técnico tem dado atenção especial a alguns jogadores, como Lucas Paquetá  (Foto: André Durão)



O método de treinos



Bem mais curtos que os praticados por Rueda, os treinos geralmente são comandados pelos três auxiliares - Mauricio Barbieri, Jayme de Almeida e o filho Rodrigo -, com Carpegiani entrando no trabalho tático. De maneira bem didática, o treinador orienta posicionamento, volta jogadas, questiona e provoca os jogadores a pensar durante as atividades e também distribui algumas broncas ("Acabei de explicar!", costuma dizer nos dias mais impacientes).


O que não é regra em muitos treinadores, é marca de Carpegiani. Ele avisa quando e como pretende colocar o jogador com antecedência - Rueda, por exemplo, anunciava a escalação no dia para deixar todos ligados. Alguns jogadores recebem orientações por Whatsapp, do departamento de futebol, com vídeos de posicionamento em treinos e jogos, com instruções para automatizar os movimentos, como bem disse Diego em coletiva de imprensa. O camisa 10 lembrou que o esquema exige muita movimentação e troca de posições.


O esforço dos atletas


Com a primeira pré-temporada depois de mais de três anos longe, Éverton Ribeiro pediu orientações particulares do departamento de futebol.



 Eu quero voltar bem - dizia para quem encontrasse o meia-atacante



Éverton Ribeiro recebe orientações de Carpegiani para recuperar o melhor ritmo (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)




No retorno ao Brasil, ele sentiu o ritmo das partidas e a maratona e rendeu bem menos. A recomendação era: descansar 15 dias e seguir cronograma estabelecido pela comissão técnica. O camisa 7 voltou bem melhor. É um dos exemplos mais citados internamente. Carpegiani conversou com alguns atletas ao pé do ouvido para explicar o que queria


Com grande desempenho no fim do ano passado e no início deste ano, Paquetá foi outro muito procurado pelo treinador do Flamengo. Para Diego, 2018 é o ano do camisa 11 do Rubro-Negro mudar de patamar


- É um privilégio jogar com ele - disse o camisa 10.

rede.natura.net/espaco/cristianobrito

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