Caixa baixo, apostas improváveis e distanciamento: Fla inofensivo no mercado

Negativas por Pablo, Walace e Love expõem dificuldade para identificar opções viáveis aos 2.5 mi de euros disponíveis para aquisições. Clube aponta necessidade de zagueiro jovem e centroavante


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Falta dinheiro, falta poder de convencimento nas negociações, faltam reforços. O Flamengo, tão badalado em 2017 pelas contratações astronômicas, decepciona até agora no mercado. Marlos Moreno foi o único tiro certeiro - e o menos empolgante - de uma lista repleta de negativas.



Ficou na foto: Fla não reeditará o Império do Amor em 2018 (Foto: Reprodução Instagram)


Em uma semana, o Rubro-Negro recebeu “nãos” dos mais diversos idiomas: francês, turco e alemão. Pablo, Walace e Vagner Love até tinham conversas adiantadas com o clube, mas faltou combinar com Bordeaux, Hamburgo e Alanyaspor. Faltando um mês para a estreia na Libertadores, o Fla segue com cara de 2017.

O cenário, até mesmo para discurso interno, não é de preocupação. No departamento de futebol, a avaliação é de que não há necessidade de despender força em peças do mercado nacional que cheguem para compor elenco. O fato é que todos os tiros grandes saíram pela culatra, e o Fla se vê em busca de um Norte. Não há planos B imediatos após negativas que seguiram roteiro parecido:


Pablo: antes mesmo do fim da novela com o Corinthians, o zagueiro chamava a atenção do Flamengo, que viu uma brecha para fortalecer um setor carente de uma peça mais jovem. Juan, Rever e Rhodolfo já passaram da casa dos 30.


Após conversas iniciais, o clube contou com o advogado Fernando César para tratar da liberação com o Bordeaux. Os franceses já tinha sinalizado ao Timão a exigência da compra por cerca de R$ 12 milhões. O Rubro-Negro fez proposta pelos direitos, mas que nem chegou perto do valor desejado.

A situação ficou em banho Maria, nenhum dirigente pegou um avião para tratar a situação pessoalmente, até que o próprio Fernando César perdeu a paciência com a passividade do clube - conforme revelou a pessoas próximas. O desfecho: Pablo renovou com o Bordeaux por mais dois anos.


Walace: a situação foi bem parecida com a de Pablo, mas ainda mais arrastada. O Flamengo, mais uma vez, nomeou representante do próprio jogador para tratar da liberação. Não houve negociação direta entre clubes.


Rogério Braun ficou cerca de um mês tentando convencer o Hamburgo de que um empréstimo seria válido para carreira do volante. O Rubro-Negro chegou a oferecer 1 milhão de euros pelo empréstimo.


Nada que empolgasse os alemães. Por fim, foram eles que demonstraram maior poder de persuasão e convenceram o campeão olímpico de que seguir na Bundesliga valia a pena. Com a troca de treinador, o Fla ficou a ver navios.


Vagner Love: menos extensa que as outras duas, mas com script similar. Em reunião na casa de uma das lideranças da diretoria, na Zona Sul, na noite de uma terça-feira, foi selado o acordo entre jogador e clube.


Dois dias depois, lá foram Love e seu representante para Turquia com a “simples” missão de liberá-lo por um empréstimo gratuito. Mais uma vez, não houve contato direto de clube para clube. O advogado Diogo Souza foi o encarregado da vez.

Diante da postura irredutível dos turcos, o Flamengo acenou com a possiblidade de pagar pela cessão por uma temporada, até que surgiu a proposta de 2 milhões de euros do Besiktas. O clube avaliou como fora dos padrões e tirou o corpo fora.

Houve ainda negociação com Zeca, também nos moldes acima, mas travada pelo departamento jurídico. Com o lateral em litígio com o Santos, o clube não assumiu o risco de se tornar devedor solidário.


Zeca chegou a falar publicamente do acerto com o Flamengo, mas jurídico vetou (Foto: Ivan Storti/Santos FC)


A postura que não deu certo nos casos acima, funcionou com Marlos Moreno. A diferença é que o colombiano era carta fora do baralho no já modesto Girona da Espanha e o Manchester City achou interessante um retorno à América do Sul.

A estratégia chama a atenção, e também dá mostras de que não é a ideal. Internamente, o Flamengo aponta, porém, como a única cabível diante das carências identificadas no elenco e do orçamento reduzidos. Equação explicada em tópicos:



  • O Flamengo tem previsto apenas 2.5 milhões de euros para investimento em aquisição de jogadores em 2018. Valor visto como inviável para compra de jogadores que cheguem em condição de ser titular.

  • É consenso na diretoria de que não há necessidade de fazer apostas. A avaliação é de que o elenco atual tem qualidade suficiente para as competições ao longo da temporada, não há urgência por reforços e é preciso dar mais chances aos jovens.


  • O departamento de futebol aponta apenas duas necessidades para fortalecer o elenco: um zagueiro jovem e o centroavante. Ainda assim, o clima internamente é de otimismo na solução da situação de Guerrero antes de maio.

As negativas por Walace e Zeca não assustam, já que eram apontadas como “oportunidades de mercado” e não carências

A liberação de jogadores contestados pela torcida e com rendimento abaixo da expectativa (Muralha, Gabriel, Mancuello e Márcio Araújo) é apontada como ação estratégia justamente para abrir espaços para garotada e dar fôlego à folha salarial.


Tudo isso evidencia ainda uma tendência nos últimos anos na gestão Eduardo Bandeira de Mello: os principais reforços foram contratados no decorrer da temporada. Foi assim com Diego, Everton Ribeiro, Geuvânio, Diego Alves e Guerrero



Flamengo está otimista em contar com Guerrero antes de maio (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)


Mesmo diante de tais justificativas, soa como inegável a falha de mapeamento de mercado. Por mais que o desejo seja apenas de contratações que cheguem para vestir camisa, o Flamengo parece carente de opções diante de negativas até certo ponto previstas. Com caixa reduzido para compra, caberia ao tão badalado centro de inteligência apontar soluções mais viáveis e menos óbvias do que Vagner Love, por exemplo.


Faltando um mês para estrear na competição mais importante do ano, o Flamengo perdeu tempo e guardou dinheiro. Resta saber até quando


Tite vê injustiça com Neymar e prepara Seleção para encarar "fantasminha"




A pouco mais de quatro meses da Copa do Mundo, Tite divide sua programação entre observar os cerca de 15 jogadores que já se garantiram nela, e um outro enorme leque de opções para fechar as vagas restantes. Ele também traça estratégias para os amistosos de março, contra Rússia (dia 23) e Alemanha (dia 27), últimos antes de convocar a seleção brasileira para o Mundial.
Nessa entrevista ao GloboEsporte.com, o técnico analisou sua equipe, comentou o que considera uma injustiça ocorrida com seu principal jogador, Neymar, e chamou de "fantasminha" a Alemanha, com quem o Brasil vai confrontar pela primeira vez desde o fatídico 7x1 de 2014.


Tite prepara a Seleção para os amistosos de março (Foto: Pedro Martins/MoWa Press)




Numa entrevista recente, o Xavi, campeão do mundo em 2010 pela Espanha, disse que o Brasil é um dos favoritos na Copa por unir dois aspectos difíceis: físico e talento. Você acha que sua equipe é predominantemente física ou talentosa?


Quando ele se refere ao físico, é sobre uma equipe móvel, de estrutura física ágil, com rapidez de raciocínio e execução. Coutinho, Willian, Gabriel Jesus, Neymar, Douglas Costa, Taison, eles pensam e executam rápido, o último setor do campo tem essa característica marcante. E há outros de construção, sem tanta velocidade, como Marcelo e Dani, algo mais posicional dos dois meio-campistas. Mas a base que mais me fascina é essa mobilidade aliada à capacidade física para responder à inteligência, ao pensamento.

Quando pessoas como Xavi, Jorge Sampaoli (técnico da Argentina) e Joachim Löw (técnico da Alemanha) começam a ter o Brasil nessa estima, isso é bom ou ruim para a Seleção?


Não sei se é bom ou ruim, mas é verdade. E quando é verdade temos que encarar. Não posso ser o falso humilde nem ter soberba e ostentação. É uma equipe que está buscando consolidação, ainda tem a crescer até mentalmente, e nossos dois adversários de março vão nos proporcionar isso, principalmente a Alemanha. Vamos enfrentar nosso fantasminha. Temos que jogar com naturalidade, sem ostentação e sem falsa humildade.


Hoje, sua preparação tem foco nos amistosos de março, na Copa do Mundo, ou ela é uma só?



Estão num estágio de fusão. Antes era especificamente para os amistosos, agora há uma abrangência maior, uma projeção. As conversas, trocas de informações nos levam a um degrau acima na escada. Há esse componente ligado à performance, ao desempenho e ao merecimento nos amistosos, mas já pensando na formação do grupo e da equipe para o Mundial.



Ainda há espaço e tempo para algum jogador entrar nos seus planos da Copa? Os amistosos poderão propiciar uma chance a um novo convocado ou você já pretende ter tudo fechado?



Pego o exemplo do Gabriel Jesus, um cara que estava pedindo espaço e mostrando suas virtudes. Ninguém pode dizer que não haja outro se afirmando da mesma forma. Pode ser um mais experiente como o Hernanes e o Diego, ou um mais jovem como o Arthur. Não posso pré-conceber, fechar os olhos, não vou fazer isso. As pessoas colocavam dúvidas sobre quem ia começar como 9 lá no nosso primeiro jogo (contra o Equador, em agosto de 2016), mas nunca, ninguém da comissão técnica tinha dúvidas de que seria o Gabriel Jesus. Se você falar com todos, todos eram unânimes em função da qualidade, do senso competitivo, da capacidade de finalização.



Hernanes, Diego e Arthur estão cotados para uma vaga aberta no meio-campo (Foto: Infoesporte)


Você está convicto de que o Gabriel Jesus vai disputar os amistosos de março?



Otimista sim, convicto não, porque ele precisa de todas as etapas de recuperação. Sei do grande clube em que ele está, dos cuidados para manter os estágios e não pular etapas. O doutor Rodrigo Lasmar (médico da Seleção) está fazendo acompanhamento clínico, o Fábio (Mahseredjian, preparador físico) o físico, e agradeço às equipes que estão se abrindo a isso. O Fábio esteve essa semana no São Paulo e no Palmeiras, e todos nos municiaram de informações: peso, percentual de gordura. O Matheus (Bachi, auxiliar-técnico) conversou com o Roger (Machado, técnico do Palmeiras), o Dorival (Júnior, técnico do São Paulo), o Lucas (Silvestre, auxiliar de Dorival), para termos informações de todos. É nossa obrigação fazer esse acompanhamento para que o atleta esteja bem lá na frente. Não há como deixá-los bem lá na frente, seria mágica. Se não monitorarmos antes, não chegarão bem. Os atletas sabem disso.

E pelas informações que vocês recebem, os atletas estão se cuidando, se preparando bem?


Sim, todos eles sabem. Falamos com alguns de forma individual, e reiterei pessoalmente em nossas reuniões que estivessem nas melhores condições nos clubes porque nós buscaríamos todas as informações. E não pensem que vão nos esconder alguma informação. Não há traíra nos clubes, mas queremos o melhor de cada um e que entreguem o melhor aos clubes. Isso é lealdade.

Quantos jogadores você tem garantidos na Copa do Mundo?

Tenho variado entre 15, 17 e 18. Pelo desempenho nos clubes e na Seleção, pela base da equipe que tem jogado. Se eu convocasse os que mais atuaram, e atuaram bem, eu teria três laterais-esquerdos. Os três (Marcelo, Filipe Luís e Alex Sandro) jogaram bem. E falar de Thiago Silva, Fernandinho, Willian, todos jogando em altíssimo nível. O Ederson quando jogou, jogou muito. São os que já encaminharam essa situação.


Essa situação de convocar três laterais-esquerdos você citou apenas como exemplo ou existe essa possibilidade? Você vai ter que escolher dois, certo?

A menos que haja uma adaptação de algum jogador noutra função. Não vou descartar, vai que acontece, num improviso. Até porque eu sou adepto da meritocracia, mas ela tem um limite: o da necessidade da Seleção. Se houver necessidade de um atleta com característica diferente, que mereça menos do que outro que esteja arrebentando, vou pegar em função da Seleção.

Ao longo dos últimos meses você citou muitos jogadores que provavelmente não serão convocados até a Copa do Mundo, por falta de tempo e pela concorrência. A maioria são jovens. Na sua opinião, o Brasil tem um time encaminhado para 2022?


(risos) Eu nem pensei nisso, e falo a verdade sobre esses jogadores. Quando falei do David Neres dei o "start" para vocês, e aí vieram as perguntas. Quando tu me perguntou do Malcom, lá na Rússia, nós já estávamos acompanhando. Isso vale para outros jogadores. Falei do Hernanes sem ninguém ter falado. Falei do Scarpa, do Richarlison, do Douglas (volante do Girona), do Gabriel (zagueiro do Atlético-MG). E falo com a seguinte mensagem: joguem em alto nível porque estamos acompanhando. Ninguém aqui está de sacanagem, passando informações para ser simpático. Fazemos esse trabalho com prazer.




Neymar foi vaiado em jogo que a torcida queria pênalti batido por Cavani (Foto: Christophe Simon/AFP)



Quando você responde sobre transferências que envolvem jogadores da Seleção, diz que é importante eles escolherem clubes e cidades onde se sintam felizes. Você vê o Neymar feliz no PSG e em Paris?


Sim. Há situações naturais da adaptação em cima de uma mudança, isso requer certo tempo. Tudo em relação a ele toma uma dimensão muito grande, mas vamos pegar essa última controvérsia (a vaia da torcida por Neymar bater o pênalti e adiar o recorde de Cavani). Ele fez tudo, tudo, tudo na sua excelência, e foi bater o pênalti porque foi determinado pelo seu técnico. Ninguém bate pênalti a bel-prazer. Em clubes de alto nível, o técnico determina escalação, convocação, substituições e bolas paradas. Ele ficou de egoísta numa situação pré-determinada, foi muito injusto. Quando ele reclama demais está errado, não é atribuição dele reclamar de arbitragem ou do adversário. E, para mim, é isso que mais tem de ser corrigido nele. Mas isso foi injusto em relação ao Neymar.

O que sua seleção brasileira ainda não fez, e você espera que faça nos amistosos de março?

Furar linha (defensiva) de cinco.

O que não conseguiu contra a Inglaterra?


É, mas o segundo tempo foi muito bom. Revi o jogo, os lances, as ações, e as opções que começamos a encontrar são interessantes. O segundo tempo foi de grande qualidade. A própria imprensa inglesa ressaltou quando acabou o jogo. O Gareth (Southgate, técnico da Inglaterra) disse na coletiva: "Não conseguimos jogar". Tivemos 67% de posse de bola dentro do Wembley, quem finalizou fomos nós. Isso é muito.

Você tem segurança de que Rússia e Alemanha jogarão com linha de cinco na marcação?


A tendência da Rússia é jogar com linha de cinco, mas a Alemanha tem variado. Tenho dúvida se ela vai jogar assim ou não.

Enfrentar a Alemanha, independentemente do que aconteça no jogo, deixará a Seleção mais preparada para a Copa do Mundo?


Sim. Vamos jogar contra nosso fantasminha. É nossa preparação, vamos enfrentar a Alemanha em Berlim, o primeiro enfrentamento vindo do 7x1, podem falar tudo isso. Aceita que dói menos. É a verdade e vamos para um novo capítulo que vai nos preparar melhor.


Em que grau de imersão você se encontra nas seleções que vai enfrentar na primeira fase da Copa do Mundo: Suíça, Costa Rica e Sérvia?


Ele está predominantemente na Rússia e nessa montagem para enfrentar linha de cinco, mas paralelamente às outras equipes. Esses jogos preparatórios vão nos mostrar uma equipe base, mas a referência maior que temos da Suíça é a derrota de 2x0 para Portugal (em outubro do ano passado, pelas eliminatórias). O Sylvinho acompanhou esse jogo. Mas toda a comissão técnica está preparando material, conversando com as pessoas dos departamentos de tecnologia dos clubes, que estão analisando as seleções. Agora vamos falar com Atlético-MG e São Paulo, que acompanham Rússia e Alemanha.


E em relação aos amistosos que serão disputados entre maio e junho, já com o grupo da Copa reunido? O que você espera deles?



Alguns defendem três amistosos, outros dois, em função do momento em que nos apresentarmos. Temos que ser um pouquinho visionários e montar uma estratégia. A experiência de profissionais diz que nesse período o atleta fica inquieto, e se não houver jogos tudo se torna maior, eles ficam sem saco para o treinamento. Os períodos têm que ser intercalados com jogos. Eu gostaria de ter no mínimo três. Se no primeiro a carga de trabalho ainda estiver ruim e no segundo o jogador não estiver inspirado, no terceiro eu terei uma amostragem maior. O CPA (Centro de Pesquisa e Análise da seleção brasileira) me trouxe um dado: 90% ou mais dos atletas convocados jogam numa Copa. Se no primeiro amistoso eu ainda não tiver os jogadores que estarão na final da Champions, uso os que tiver e preparo um número maior de atletas. A menos que eu prejudique a saúde do atleta, minha tendência são três amistosos para o cara ter uma preparação melhor.


Ou seja, esse longo período de preparação será um privilégio, desde que bem administrado?

Perfeito. Nesse bem administrado estão ciclos de sete dias, tempo entre um jogo e outro que temos dominado nos clubes, com quantificação de carga distribuída. Por isso queremos jogar nos dias 3 e 10 de junho, antes de estrear na Copa no dia 17, para termos esses ciclos de trabalho.


Quais serão as coisas boas e ruins de ter 27 dias de treinos para um grupo que, desde que você assumiu, passou no máximo nove dias juntos?

O bom é que vamos repetir bolas paradas, automatizar movimentos. Nos clubes, cada um marca de forma muito diferente: uns por setor, outros individual, alguns entram antes da batida da bola, outros esperam na marca do pênalti. Isso em faltas laterais curtas e longas, e em escanteios. Quando eles estiverem de saco cheio da voz do treinador falando da parte tática, faremos bolas paradas. Vamos treinar a parte ofensiva para acentuar infiltrações que já tivemos contra a Inglaterra, mas precisamos de mais para abrir uma linha defensiva de cinco. Haverá tempo. O ruim é que vai encher o saco ouvir toda hora a voz do treinador. Por isso as famílias estarão a 10, 15 minutos do CT.


É preciso folgar durante a Copa do Mundo, certo?

Eu não aguento (ficar sem folgas), não tenho condição. Há essa necessidade humana de contato com tua esposa, namorada, filha, pai, mãe, quem quer que seja. É a situação humana de maior pressão emocional que teremos de absorver. Para mim é família e trabalho. A partir de março eu terei conversas esporádicas com vocês (jornalistas). Terei foco na família, que é meu porto seguro, e no trabalho para mergulhar com tempo e energia nele.


Hotel que receberá a delegação da Seleção, em Sochi (Foto: Richard Souza)


Julio Cesar volta ao Flamengo com contrato de 3 meses: "Vontade de ser campeão"




Após 14 anos e três Copas do Mundo, goleiro está de volta ao Rubro-Negro para encerrar a carreira. Ele terá salário simbólico e usará a camisa 12: "Vontade de encerrar de maneira brilhante"




Julio Cesar usará a camisa 12, que estava aposentada no Flamengo (Foto: Amanda Kestelman/GloboEsporte.com)


Flamengo anunciou na manhã desta segunda-feira a contratação de Julio Cesar. O goleiro, de 38 anos, está de volta ao Rubro-Negro após 14 anos. Ele chega com "salário simbólico" e contrato de três meses. Julio defendeu o Benfica até dezembro e retornou ao Brasil neste domingo.


Volto feliz, com muita vontade de ser campeão e de encerrar a carreira de maneira brilhante. Se hoje sou quem eu sou, o Flamengo faz parte da minha formação como homem - disse o goleiro, ao ser apresentado com a camisa 12.



Júlio Cesar é o segundo reforço do Flamengo na temporada. Antes dele, o clube havia contratado apenas o atacante colombiano Marlos Moreno. O goleiro, que assinou por três meses, descartou qualquer possibilidade de estender o vínculo ao término do contrato.


Não há a possibilidade de estender meu contrato. A minha situação é um projeto de três meses para que eu encerre minha carreira depois do Carioca.



Julio Cesar foi apresentado ao lado de Bandeira de Mello e Rodrigo Caetano (Foto: Amanda Kestelman/GloboEsporte.com)



CAMISA 12


O diretor executivo Rodrigo Caetano disse que a negociação partiu do goleiro, que chega com salário simbólico e contrato de três meses.


 Partiu dele esse desejo de voltar ao Flamengo por um prazo determinado. Quando começou a fazer o contato conosco, manifestou que na sua carreira faltaria realizar esse sonho... É bom repatriar ídolos em atividade. Vinha treinando e jogando no Benfica em alto nível. É o que a gente espera. Já digo de antemão que ele fez um contrato simbólico, que prova e comprova a paixão que ele tem pelo clube - explicou Rodrigo.

Ao lado do goleiro e do diretor executivo Rodrigo Caetano, o presidente Eduardo Bandeira de Mello comemorou a contratação e entregou a camisa 12 - até então aposentada - ao goleiro. Nos últimos anos, o número vem sendo usado apenas em competições internacionais por exigência da Conmebol.

Rubro-negro de coração e que sempre honrou o manto sagrado. Vem para encerrar sua carreira. Essa camisa não é de goleiro, mas eu gostaria de dizer que o Julio vai usar a 12.



A camisa 12, que foi aposentada em homenagem à torcida, mas entedemos que, no caso dele, como ele está prestando uma homenagem à torcida. Nada mais justo que a torcida use esse número enquanto ele estiver conosco - disse Bandeira.


Julio Cesar está de volta ao Flamengo após 14 anos. Ele deixou o clube em 2004. A primeira passagem começou aos 12 anos de idade. Alçado aos profissionais em 1997, marcou época defendendo o gol rubro-negro e conquistou três Campeonatos Cariocas, duas Copas dos Campeões e uma Copa Mercosul.

PRINCIPAIS TRECHOS DA APRESENTAÇÃO

Negociação

Gostaria de agradecer ao presidente e ao Rodrigo (Caetano) por abraçar meu projeto de três meses. Coisa que pensei bastante após minha rescisão com o Benfica e ponderei muito se ia parar ou não. Mas, devido toda a minha história no futebol e nesse clube, vi com muitos bons olhos. Parentes e amigos diziam que eu não poderia encerrar a carreira sem essa página da minha passagem pelo Flamengo.



Disputa no gol


Jogadores que atuam na minha posição estão em alto nível e jogadores com futuro, que são os casos do César e do Thiago. Eu tinha que bolar alguma estratégia para convencer esses dois. Venho para somar, para colaborar no que o clube precisar.


Em relação ao Muralha, a ideia não partiu depois do momento conturbado dele. O Diego (Alves) é um amigo desde a seleção. Contato foi maravilhoso. Não estou chegando para ''roubar'' lugar de ninguém. Vim para ajudar.


Reencontro com o Flamengo

Flamengo é uma instituição muito diferente daquela que deixei há 12 anos. Saí bastante desiludido e muito magoado. Reencontrar o Flamengo da maneira que está, quero dar parabéns a tudo que eles fizeram.

Nunca recusou o Flamengo


Gostaria de deixar bem claro uma coisa que conversei nos bastidores com Rodrigo Caetano. Saiu na mídia que algumas pessoas vieram em mim no momento que mais precisou.


O Flamengo nunca veio atrás de mim, nunca me procurou, porque disseram que virei as costas no momento que o Flamengo mais precisou. Quem plantou essa notícia, eu digo que é uma mentira. Hoje é inevitável ler por pessoas, amigos ou primos. Vi que muita gente está insatisfeita comigo. Essa recusa não é verdade

Arrependimento


Gostaria de esclarecer e até pedir desculpas. Eu já disse em muitas entrevistas que eu jamais encerraria minha carreira aqui, tenho grande amor por esse clube. Hoje entendo que, quando você toma qualquer decisão baseado no emocional, você acaba se arrependendo na frente. Foi tudo emocional. Quando a gente ama alguém ou alguma coisa e bota o emocional na frente, a gente acaba falando o que não quer falar

Juan

Já vivemos tenta coisa juntos. Encerrar minha carreira do lado dele é realmente brilhante.

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