Entidade representativa dos advogados argumenta que o presidente cometeu crime de responsabilidade, com base em delação premiada de executivos da j&f.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entregou na tarde desta quinta-feira (25) à Câmara dos Deputados o pedido de impeachment do presidente Michel Temer. A entidade também pediu que Temer fique inabilitado de exercer cargo público por oito anos.
LEIA A ÍNTEGRA DO PEDIDO
A entidade usa como base a delação premiada de executivos da J&F
para argumentar que o presidente cometeu crime de responsabilidade e
violou o decoro do cargo de presidente. Com base no que foi informado, o
ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal
Federal, autorizou a abertura de inquérito para investigar Temer.
O presidente já negou, em notas e em pronunciamentos à imprensa, ter
cometido irregularidades, diz que não praticou crime e que não atuou
para beneficiar a JBS junto ao governo.
Antes de protocolar o pedido, Lamachia acrescentou que a entidade
também pediu o impeachment de Dilma Rousseff, "o que demonstra que a OAB
é uma instituição absolutamente e apartidária."
"Há menos de um ano, lamentavelmente, fomos nós da OAB, fui compelido a
apresentar o pedido de impeachment da então presidente da República
Dilma Rousseff. A OAB cumpre o seu papel, apresenta dois impeachments de
dois presidentes da República, processos de impeachment diametralmente
opostos no que diz respeito à questão das ideologias partidárias, o que
demonstra que a OAB é uma instituição absolutamente independente e
apartidária", declarou.
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